O tempo parou na idade da esperança em casa do meu pai, parou no tempo em que tudo era possível! Voltar a casa do meu pai é continuar a ter olhos de amendoa e pernas de garça, poder saltar muros, brincar com formigas, fazer pé coxinho na escadaria da entrada, tirar pulgas ao cão, e correr de braços abertos ao vento atrás do voo dos pombos. Voltar a casa do meu pai é reviver os melhores momentos da minha vida, é lembrá-lo na sua integridade e no seu amor. Mas também é sentir esta dor, que não passa mais, por ter sido tão curto aquele tempo da esperança, que eu via saltar dos seus olhos, quando ele me olhava. Tenho saudades tuas, paizinho!
Delusa